quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Samsung reconsidera a não-atualização do Galaxy Tab e Galaxy S

Na semana passada a Samsung revelou que atualizaria alguns aparelhos da linha Galaxy para a versão mais recente do Android, a 4.0. Dentre os nomes que ficaram fora da lista estavam o Galaxy Tab original (de 7 polegadas) e o Galaxy S, ambos lançados em 2010. Isso gerou uma revolta tão grande entre os consumidores que a empresa anunciou nesta terça-feira (27) que está “repensando” a atualização para o novo sistema.
Samsung Galaxy Tab e Galaxy S com Android Ice Cream Sandwich (Foto: Arte)
Samsung Galaxy Tab e Galaxy S com Android Ice Cream Sandwich (Foto: Arte)
O motivo pelo qual a Samsung não atualizaria o Galaxy S e Galaxy Tab era a pouca memória RAM dos aparelhos. Isso faria com que a interface personalizada da Samsung, TouchWiz, não rodasse de forma satisfatória e a experiência final para o usuário ficasse debilitada. Mas agora a sul-coreana disse que vai tentar fazê-la funcionar.
Existem então duas opções: a Samsung pode atualizar os dois dispositivos com uma versão mínima do TouchWiz, ou pode atualizá-los removendo essa interface por completo, e de quebra remover também as personalizações de operadoras.
O problema é que para serem entregues, as atualizações deverão ser homologadas por operadoras de telefonia que venderam tais modelos, e elas não vão gostar de verem suas próprias personalizações, com aplicativos próprios, removidos de celulares em que investiram, mesmo que eles já tenham quase dois anos de mercado. Obviamente, basta que a Samsung faça alguns acordos financeiros com elas para que esse detalhe seja relevado.
O que a Samsung tem aqui é a chance de abrir um precedente para a plataforma Android. Se ao atualizar dispositivos antigos a empresa remover todas as personalizações e torná-los Androids puros, isso certamente fará com que mais consumidores prefiram a sul-coreana na hora de comprar aparelhos dessa plataforma. E essa atitude vai acabar forçando as demais fabricantes a fazerem o mesmo, para não ficarem atrás.
A Motorola e a Sony Ericsson fizeram algo similar no passado. Ao atualizar os modelos Milestone e Xperia X10 para a versão 2.2 do Android, a Froyo, ambas acabaram removendo certas personalizações dos aparelhos, mas algumas customizações de operadoras permaneceram. E nem todos os aparelhos ao redor do mundo receberam a mesma atualização, por isso nenhum precedente foi aberto.
Resta saber se a Samsung vai agarrar essa oportunidade de fazer diferente ou se vai continuar não arriscando numa área que tanto trás lucros para a empresa - e que, com isso, tem potencial para trazer muito mais.

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