Interface de um smartphone Android (Foto: Reprodução) |
Segundo Munn, a forma como o Android renderiza sua
interface de usuário é diferente dos sistemas semelhantes. O sistema do
Google não prioriza essa renderização, o que faz com que os smartphones
sofram de pequenos atrasos nas transições de telas de aplicativo, ou os
populares “lags”. O Android segue o modelo de renderização do PC, com
uma prioridade de sistema “normal” para os recursos visuais.
Munn exemplifica sua teoria citando a página do Facebook aberta pelo
navegador Safari no iPad ou iPhone. Se o usuário coloca o dedo na tela e
começa a movê-lo durante o carregamento da página, a renderização para
automaticamente, e o carregamento da página é interrompida, até que você
remova o dedo da tela. Isso acontece porque o iOS
considera como prioridade qualquer evento ou ação de interação do
usuário na tela, pois entende que essa ação tem maior importância que a
renderização da página carregada.
Se você realizar o mesmo procedimento no Android, o sistema vai
continuar a carregar a página, realizando as duas funções
simultaneamente (a da interação da tela e o carregamento da página),
sobrecarregando o sistema. Os desktops fazem isso, mas comparados aos
smartphones, eles possuem muito mais recursos de processamento. O
problema não se comprova, entretanto, em smartphones com recursos mais
elevados, como o Samsung Galaxy S II, que possui um processador de dois
núcleos e não apresenta os “lags” de outros modelos.
A maneira como o iOS trata sua renderização de interface precisa ser
confirmada. Alguns sites já informaram anteriormente que os
desenvolvedores são obrigados a implementar esse tipo de comportamento
descrito por Munn para que seus aplicativos sejam aprovados, e que o
processo não é algo tão simples quanto a teoria descreve. Mas a
comparação do comportamento ainda é válida. E, mesmo que os recursos de
aceleração de hardware apresentem melhoras em futuros modelos de
smartphones Android, pelo menos na teoria, o atraso na renderização
estará presente.
Para resolver o problema, o Google teria que praticamente refazer o
Android na íntegra, e isso resultaria em uma série de problemas para os
desenvolvedores, que teriam que abandonar todos os projetos que
desenvolveram. Além disso, o ecossistema Android também seria afetado,
já que os aplicativos atuais não funcionariam em um hipotético “novo”
Android.
Em compensação, o Google reconhece o problema e seus profissionais
estão trabalhando para encontrar uma forma de melhorar a renderização da
interface do Android. Será um processo longo, mas a empresa aposta que
suas “mentes brilhantes” vão encontrar uma solução, cedo ou tarde.
Fonte: TechTudo.com
Via Android and Me
Nenhum comentário:
Postar um comentário