sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Lojas começam a investir no sistema "porta a porta " na internet


A falta de vendedores persuasivos, capazes de convencer os clientes a comprarem até mesmo produtos que eles nem pensavam adquirir, sempre foi uma das grandes desvantagens da internet em relação às lojas físicas ou ao sistema de vendas “porta a porta”, como o utilizado pelas marcas Avon e Natura.
A frieza da internet parecia ter enterrado a milenar cultura dos comerciantes de empurrar produtos e não deixar que o cliente saia da loja de mãos vazias. E o avanço do comércio parecia ser uma ameaça à sobrevivência do sistema “porta a porta”, que se apóia justamente no elevado poder de persuasão dos revendedores.

Foto: SXC / Fotomontagem: José Dionísio
Varejo usam redes sociais para fazer venda direta
Mas os varejistas estão criando formas de driblar esse problema e inventaram recentemente a figura do vendedor “porta a porta” pela internet. As lojas online, como Comprafácil e o Magazine Luiza, já estão até mesmo disputando esses revendedores, oferecendo a eles descontos ou comissões mais atraentes que os da concorrência.
O objetivo é aproveitar a força das redes sociais para alavancar as vendas, incentivando as pessoas a transformarem seus perfis em canais de venda e divulgação de produtos para os seus contatos.
Ofertas no Facebook e no Orkut
O Comprafácil anunciou nesta quinta-feira a implementação de um programa que permite aos usuários divulgar produtos da empresa em suas próprias redes sociais, sites, blogs e e-mails. Em troca, o revendedor recebe uma comissão equivalente a 6% do valor do pedido. Para participar, é necessário preencher um formulário gratuito no site e se tornar um afiliado.
“Nós fomos o primeiro site a ter um programa de afiliados em redes sociais”, afirma o diretor de marketing, Leandro Siqueira. Segundo ele, o sistema está em vigor desde julho, com 7.500 afiliados e uma venda mensal de R$ 500 mil.

Com o Natal, a expectativa do Comprafácil é vender R$ 1 milhão através das redes sociais em dezembro. Daqui a dois anos, o canal de vendas deve representar 10% dos negócios da varejista virtual, diz Siqueira. “A rede social será o principal canal do e-commerce. É mais provável que a recomendação de amigos seja mais relevante para os consumidores, principalmente os da classe C, do que anúncios de lojas físicas.”O Magazine Luiza já havia divulgado há cerca de 15 dias o lançamento de um programasemelhante, com comissão entre 2,5% e 4,5% para o revendedor, dependendo do produto vendido.
Mas o Comprafácil e o Magazine Luiza não são os únicos varejistas atentos ao potencial de negócios das redes sociais. A Polishop, que vende produtos eletroeletrônicos e equipamentos para casa, ginástica e bem-estar, lançou em março um sistema de venda direta, em que os revendedores fazem seus pedidos pela internet, por meio de um site específico batizado pela rede de Polishop com.voce. Além de oferecer descontos na compra de produtos, os revendedores receberão comissões sobre o valor dos itens comercializados, que podem variar de 5% a 30%.
Os próprios consultores de empresas como Natura, Avon e Jequiti, que têm a missão de fazer a venda “porta a porta” para as marcas, estão usando a internet para incrementar seus negócios. É possível encontrar ofertas destes produtos em uma simples busca nas páginas do Facebook, Orkut e no site de classificados Mercado Livre. Há também consultores que fazem estoque e criam portaisl para vender os produtos. Para as marcas, na rua ou na rede, qualquer ação é um reforço para as vendas.
Fonte: ig.com.br

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