A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara
dos Deputados aprovou na última quarta-feira, 30 de novembro, a
proposta que concede benefícios fiscais aos games. O texto sugere a
inclusão dos jogos eletrônicos na Lei da Informática (8.248), aprovada
em 1991.
Fonte: TechTudo.com
Deputado Hugo Motta é o autor da proposta (Foto: Divulgação) |
Se entrar em vigor, games, consoles, periféricos e relacionados poderão
contar com redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Segundo a Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games
(Acigames), esse tributo atualmente representa 40% do valor total
praticado sobre os jogos comercializados oficialmente no Brasil. Os
tributos PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social), que juntos representam 9,75% no
valor total de um jogo, serão reduzidos a zero sobre a importação dos
games para uso doméstico.
Segundo o autor do projeto, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB), a extensão
da Lei da Informática aos jogos eletrônicos visa incentivar fabricantes
de jogos de computadores e consoles que invistam parte do seu
faturamento em pesquisa e desenvolvimento de produtos. A atividade é um
requisito necessário para a redução do IPI, por exemplo. Além do
abatimento de parte da carga tributária, o texto menciona estimativa de
renúncia fiscal como incentivo para atrair a indústria de games ao
País.
“Os investimentos para o desenvolvimento desses títulos atingem
centenas de milhões de dólares para gerar superproduções digitais que
rivalizam com estúdios cinematográficos em público e faturamento”,
afirma Motta. O parlamentar lembrou que muitos dos avanços da indústria
de entretenimento digital são incorporados, posteriormente, por outros
segmentos da indústria e também da academia.
O texto aprovado é um substitutivo de autoria do deputado Motta que
agrupa o Projeto de Lei 514/11, do deputado Antonio Carlos Mendes Thame
(PSDB-SP), e os PLs 899/11, do deputado Mauro Mariani (PMDB-SC); e
943/11, do deputado Sandro Alex (PPS-PR). Para entrar em vigor, a
proposta ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e
de Constituição e Justiça e de Cidadania, sem a necessidade de votação
em Plenário.
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