segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Dell XPS 15 substitui com louvor o seu desktop

O Dell XPS 15 é um notebook potente. Longe de ser ultraportátil, o laptop de 15 polegadas é espesso (38,2 mm na parte mais espessa, 32 mm na mais fina), e alguns o consideram pesado (2,78 kg na configuração com bateria de 6 células). Seu grande trunfo, porém, é oferecer várias opções de configuração e o apelo de “alto desempenho”.

Neste Review, a máquina analisada usufrui de algumas das configurações máximas que a Dell disponibiliza atualmente em seu site: trata-se de um Core i7 2720QM (2,2 GHz), com 8 GB de RAM, placa de vídeo Nvidia Geforce GT 540M (2 GB de RAM) com tela Full HD (1920 x 1080), disco rígido de 750 GB e bateria de seis células. Ainda é possível incluir SSDs e bateria de nove células por um valor mais salgado.

Dell XPS 15 (Foto: Filipe Garrett)
O acabamento metálico e o design de qualidade impressionam no Dell XPS 15 (Foto: Filipe Garrett)

Design

Por conta do hardware vigoroso, a Dell desenhou uma carcaça grande, robusta. Nela estão misturados elementos em plástico e alumínio, com um resultado bem agradável visualmente. Embora seja mais pesado que o comum, o XPS 15 não chega a incomodar na hora de carregar. É claro que leva-lo numa mochila para todo o canto ao longo do dia não é tarefa fácil, especialmente se compararmos com um notebook mais simples, de 13 polegadas.

Embora bonito, o laptop adota algumas soluções esquisitas em seu desenho externo: os LEDs que informam sobre o carregamento da bateria e o trabalho do HD ficam atrás da tela (como você vê na foto). Não chega a comprometer a usabilidade do equipamento, mas há quem sinta falta das luzes à vista. Além disso, há espaço disponível no display touch sobre o teclado, onde ficam atalhos e LEDs.

Outra questão de design é o posicionamento das escassas portas USB. Ambas estão concentradas na porção superior esquerda do notebook. Os destros que usam mouses com fio terão de fazer contorcionismo com o cabo para conseguir usá-lo. Os jacks para fone de ouvido e saída de áudio também estão mal posicionados, longe de onde, supostamente, estará o usuário e seus ouvidos. Mais contorcionismo com fios.

Dell XPS 15 (Foto: Filipe Garrett)
Opções do design são um pouco confusas: as portas USB, saídas de som e LEDs de HD e bateria ficam distantes do usuário (Foto: Filipe Garrett)

O teclado é confortável de digitar, mas um olhar mais atento irá revelar descuido no acabamento: rebarbas de fixação da bandeja de teclas são aparentes em todos os lados. Os caracteres também apresentam problemas: são pintados com uma tinta reflexiva demais.

O teclado fica comprimido pelas saídas de som. Mãos maiores podem levar tempo para acostumar, mas, em poucos dias, você estará adaptado ao teclado espremido. Em termos de touchpad, o dispositivo é espaçoso e ágil, possibilitando comandos precisos e fluídos.

Embora seja um detalhe menor, para o preço e mercado a que é destinado, o Dell XPS 15 poderia apresentar um teclado de melhor qualidade. O site da Dell oferece a opção do teclado em inglês com retroiluminação: mas considere que, ao optar por este modelo, você abre mão do padrão ABNT2 e, consequentemente, de teclas como “Ç”.

Dell XPS 15 (Foto: Filipe Garrett)
O teclado é confortável, mas poderia ser melhor. Travas de fixação são aparentes (Foto: Filipe Garrett)

A carcaça do notebook é muito firme. A rigidez ao segurá-lo com as mãos passa ideia de robustez, de uma construção sólida e confiável. Muitos notebooks são notórios por largar parafusos com o tempo e rangerem conforme segurados, mas o XPS 15 foge a este defeito.


Desempenho

As opções oferecidas pela Dell, e que impactam radicalmente no desempenho do XPS 15, são os modelos de processadores, placa gráfica e memória RAM. E, para os bolsos mais largos, os SSDs.

Todas as opções de processadores são Core i7. Embora versões distintas do processador tenham desempenho diverso entre si, a diferença é muito pequena na maior parte do tempo: todas elas oferecem a mesma quantidade de núcleos, hyper threading e 6 MB de cache L3. Na hora de comprar o seu, não tenha medo de economizar no processador para investir em recursos mais importantes.

Com a placa de vídeo Nvidia Geforce GT 540M, que oferece 2 GB de RAM, o sistema se mostra muito disposto e eficiente em aplicações sérias. A resolução do XPS 15 deste review é Full HD (1920 x 1080 pixels) e a placa exibiu vídeos nativos a esta resolução, além de Blu-ray, sem a menor dificuldade. A GT 540M permite também exibição de vídeo em 3D para dispositivos compatíveis. A outra opção oferecida pela Dell é uma Geforce GT 525M com 1 GB de RAM – é a mesma GPU da 540M, com um clock inferior.

Em jogos, a GT 540M, esforçando-se o mais que pôde, fez bonito em lançamentos recentes, como Call of Duty Modern Warfare, com configurações máximas setadas e uma decente taxa de frames por segundo. Em contrapartida, pediu água e negou fogo no exigente Battlefield 3. A observação é que o XPS 15 pode empolgar o gamer dentro de você, mas não espere o mesmo fôlego dos PCs de mesa. O ideal seria uma placa das linhas GTX da Nvidia, como a GTX 560M, que fariam jus à imagem “gamer e entretenimento” que a Dell projeta ao produto.

Uma observação interessante na hora de jogar é desligar o Turbo Boost do processador: ele multiplica o clock interno do Core i7 conforme a demanda e em jogos, isso faz o Core i7 pular para temperaturas perigosíssimas de 95° (a Intel recomenda o máximo de 100° C para o processador já que, além disso, ele pode literalmente torrar). Para desligar, é simples: crie um plano de energia no Windows para games e limite o uso do processador a 99%.

Dell XPS 15 (Foto: Filipe Garrett)
No geral, a Dell entrega o desempenho que promete e o XPS 15 é uma boa opção para quem exige da máquina (Foto: Filipe Garrett)

Uso

Quem optar por tela Full HD terá um susto: tudo fica minúsculo e é preciso configurar o Windows para exibir em escala maior (125% é o ideal). Na hora de navegar na Internet, o desconforto é maior: há navegadores que não se entendem bem com o processo de aumento de escala e sites que não foram pensados para isso. De qualquer forma, browsers como Chrome e mesmo o Internet Explorer 9, depois de reconfigurados, conseguiram transformar a navegação em algo cômodo. Com o tempo você acaba acostumado.

Passado o relativo desconforto com o tamanho das coisas numa tela de 1920 x 1080 em 15,6 polegadas, você perceberá o belo equilíbrio de cores e o excelente contraste. Não há exagero na saturação e o display do XPS 15 realmente chama atenção pelo brilho.

O consumidor que escolher tela Full HD recebe um sistema de reconhecimento facial via webcam. O sistema usa o seu rosto para desbloquear o Windows, caso você o prefira em relação à senha. É muito mais interessante do que funcional. Uma opção de sistema de desbloqueio biométrico mais interessante e prática é via impressão digital, presente em modelos da HP.

Qualquer opção de placa de vídeo, tanto a Geforce GT 525M como a GT 540M, traz o recurso Nvidia Optimus. Sua função é chavear automaticamente a melhor opção de placa de vídeo conforme a demanda no instante. Se você está editando um texto ou navegando na Internet, a GPU integrada do Core i7 é suficiente e mais econômica. Se, por outro lado, está jogando ou assistindo a um filme em Full HD, a opção ideal é a placa dedicada da Nvidia.

O problema é que o Optimus está longe de ser realmente eficiente. Primeiro porque não informa o usuário sobre o que está acontecendo, qual GPU está sendo usada no momento. Em segundo lugar, a configuração das exceções – supondo que você queira, por exemplo, rodar determinado software com a Nvidia, embora o padrão seja Intel HD, é bastante confusa. O recurso da AMD, o Power Express, é muito melhor resolvido e funcional.

Tão agradável como a tela é o som do Dell XPS 15. O notebook conta com um subwoofer embutido JBL e o reforço dos graves transforma a experiência de som no portátil. Quem está acostumado a usar fones para não sofrer a tortura de ouvir música nos notebooks comuns terá a possibilidade de aposentá-lo e ouvir direto do notebook. Com alguma paciência na configuração do equalizador, você certamente encontrará um equilíbrio preciso e agradável ao ouvido entre agudos e graves.

A bateria não fará ninguém suspirar, especialmente a de seis células: num regime econômico, o consumo do sistema drena a carga em pouco mais de duas horas. Caso você precise carregar o notebook e não pretenda usá-lo sempre na tomada, considere a bateria de nove células, que custa mais R$ 80.



Ficha Técnica

Tela 15,6 polegadas, com resolução de 1920 x 1080
Processador Intel Core i7 2720QM
Memória RAM 8 GB DDR3 1333MHz
Placa de Vídeo Nvidia Geforce GT 540M (2 GB) e Intel HD Graphics
Mídia ótica DVD-RW + Blu-ray
Armazenamento HD Western Digital, 750 GB 7200 RPM
Sistema operacional Windows 7 Professional
Webcam Sim
Conectividade Bluetooth 3.0, 1 x USB 3.0, 1x USB 2.0, Wi-Fi, leitor de cartões
Autonomia de Bateria 2 horas em consumo moderado
Itens inclusos Capa protetora, fonte, cabo de alimentação, manual do usuário, garantia e disco contendo drivers e softwares do sistema

Fonte: TechTudo.com

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