PIB paulista se recupera - Geração de renda da cidade avançou para 12% de participação no PIB (Antônio Milena/AE) |
Os cinco municípios com a maior participação no Produto Interno Bruto
(PIB) nacional representavam, em 2009, aproximadamente 25% de toda a
geração de renda do país: São Paulo (12%), Rio de Janeiro (5,4%),
Brasília (4,1%), Curitiba (1,4%) e Belo Horizonte (1,4%). Juntos, eles
respondiam por 12,6% da população nacional. Os dados constam na pesquisa
PIB dos Municípios, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e divulgada nesta quarta-feira.
O estudo mostra ainda que metade do PIB nacional se concentrava em 51
municípios, que representavam 30,8% da população. A cidade de São Paulo,
que havia perdido participação na geração de renda na última pesquisa,
conseguiu se recuperar. A maior cidade do país responde por 12% do PIB
nacional - um avanço de 0,2 ponto percentual ante o resultado de 2008.
Rio de Janeiro e Brasília também ganharam maior participação no volume
de riqueza produzido pelo país no período (0,2 ponto percentual de
avanço).
Por outro lado, a pesquisa revela que os desequilíbrios econômicos
entre cidades e estados se mantêm: em 2009, 1.302 municípios respondiam
por 1% do PIB em 2009 e, juntos, representavam 3,3% da população.
Crise de 2008 - Os municípios sentiram, ao longo de
2009, os efeitos da retração decorrente da crise financeira
internacional de 2008. Segundo o IBGE, a queda de preços do barril de
petróleo verificada na época afetou o município de Campos dos Goytacazes
(RJ), que perdeu 0,4 ponto percentual em sua participação no PIB,
passando de 1,0% em 2008 para 0,6% no ano seguinte.
A crise também ocasionou a queda nos preços do minério de ferro, influenciando a perda de 0,2 ponto percentual de participação no PIB do município de Vitória (ES), que passou de 0,8% para 0,6%. Os municípios paulistas de Barueri, Guarulhos, São Bernardo do Campo e Santos e, ainda, Betim (MG), também tiveram variação negativa de 0,1 ponto percentual cada um, causada por retrações na indústria, redução na atividade comercial e, no caso de Barueri, em função do ganho de participação do município de São Paulo.
A crise também ocasionou a queda nos preços do minério de ferro, influenciando a perda de 0,2 ponto percentual de participação no PIB do município de Vitória (ES), que passou de 0,8% para 0,6%. Os municípios paulistas de Barueri, Guarulhos, São Bernardo do Campo e Santos e, ainda, Betim (MG), também tiveram variação negativa de 0,1 ponto percentual cada um, causada por retrações na indústria, redução na atividade comercial e, no caso de Barueri, em função do ganho de participação do município de São Paulo.
PIB per capita - Segundo o IBGE, menos de 15% dos
municípios brasileiros têm PIB per capita maior do que a média nacional
(que é de 16.918 reais), enquanto mais da metade das cidades conta com
um PIB per capita de 8.395 reais. Contudo, alguns municípios que abrigam
grandes conglomerados industriais que fazem com que a renda por
habitante seja superior a 70 mil reais. O caso mais emblemático é o do
município de São Francisco do Conde (BA), que se manteve no topo da
lista de maior volume de renda por habitante em 2009, com 360.815,83
reais. O PIB riquíssimo se explica pela baixa densidade demográfica
(apenas 31 mil pessoas) da cidade, e pelo fato de abrigar a segunda
maior refinaria de petróleo do país. No ranking, São Francisco do Conde é
seguida por Porto Real (RJ), Triunfo (RS), Confins (MG) e Louveira
(SP).
Já o menor PIB per capita de 2009 foi atribuído à cidade maranhense de
São Vicente Ferrer, com população de 20.463 habitantes e renda per
capita de 1.929,97 reais. Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM)
2009, o município teve perda de 77,6% da quantidade produzida e de 83,4%
do valor de produção da mandioca, em função do grande período de
excesso de chuva.
Vitória se destaca - Entre as capitais, Vitória (ES)
teve o maior PIB per capita de 2009 (61.790,59 reais), seguida de
Brasília (50.438,46 reais), São Paulo (35.271,93 reais), Rio de Janeiro
(28.405,95 reais) e Porto Alegre ( 26.312,45 reais). Apesar da geração
de renda expressiva (3,7 vezes maior do que a média nacional)
proveniente da exploração de petróleo, a capital do Espírito Santo ficou
em terceiro lugar entre as cidades do próprio estado. Também
beneficiadas pela indústria de óleo e gás, as cidades de Anchieta e
Presidente Kennedy acumularam em 2009, respectivamente, 108.431,27 reais
e 71.942,58 reais de renda per capita.
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