O site de vazamento de informações o WikiLeaks divulgou nesta segunda que vai suspender a publicação de documentos, com o objetivo de concentrar os esforços em arrecadar dinheiro.
O Bloqueio foi imposto por empresas como Visa, Mastercard, Western Union e Paypal.
O comunicado afirma que, para garantir a própria sobrevivência, o
WikiLeaks deve "arrecadar fundos agressivamente para lutar contra este
bloqueio e seus responsáveis".
Empresas financeiras com base nos EUA cortaram negócios com o WikiLeak
logo após eles começarem a publicar cerca de 250 mil documentos
diplomáticos do Departamento de Estado americano, provocando indignação.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, dá entrevista nesta segunda-feira (24) em Londres (Foto: Reuters) |
Antes, a entidade havia divulgado outros milhares sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Em entrevista em Londres, o fundador da entidade, Julian Assange
informou que "desde o dia 7 de dezembro de 2010, um bloqueio arbitrário e
ilegal foi imposto pelo Bank of America, Visa, MasterCard, Paypal e
Western Union".
"O ataque destruiu 95% de nossas receitas", afirmou o australiano, de
40 anos, que vive em Londres à espera de sua ordem de extradição para a
Suécia.
"Como resultado, o WikiLeaks tem funcionado com reservas em dinheiro
nos últimos 11 meses. O bloqueio custou à organização dezenas de
milhares de dólares em doações perdidas em um momento de custos
operacionais sem precedentes."
O anúncio contrasta com sua posição da semana passada, quando, em uma
videoconferência perante a Assembleia Geral da Sociedade Interamericana
de Imprensa (SIP), em Lima, Assange assegurou que a organização que
dirige estava viva e com mais fontes, apesar do embargo de suas contas
pelos Estados Unidos.
"(Diz-se que) o principal problema é financeiro e está relacionado com o
embargo nos Estados Unidos. Felizmente temos um fluxo de caixa forte e
sólido para sobreviver, o fazemos há 11 meses", afirmou então.
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